sábado, 10 de março de 2012

VII Encontro - Fechamento do Estudo das Fases do Desenvolvimento Psicossexual e Personalidades.


    Descrever as fases do Desenvolvimento Psicossexual segundo Freud, não é uma tarefa simples e as concepções a respeito dessas passam por várias divergências. Mas, com tudo isso, entendemos que a personalidade do individuo se formam mediante a trajetória das fases do Desenvolvimento Psicossexual. Assim, gostaríamos de indicar um material interessante que está disposto no site: http://jcassia.sites.uol.com.br/textdesenvpsicosex.htm onde há uma abordagem mais sólida a respeito do assunto. O texto descreve também algumas personalidades, ou seja,  diversos comportamentos possíveis de uma um adulto que teve uma de suas fases comprometida. Assim, mediante análise do texto e outros materiais pesquisados, deu-se a construção uma questão, na qual, juntos poderemos responder: Estaria o individuo livre de qualquer transtorno de comportamento se este passa de forma salutar por todas as fases que compõem do Desenvolvimento Psicossexual?
Para ajudar, vamos reescrever as fases de forma resumida, lembrar de pontos que possam auxiliar a responder a pergunta.
Entendemos que na fase Oral há um aglomerado entre o bebê e sua genitora, isso sobre a perspectiva do bebê. O contato com o seio da mãe constitui na satisfação do desejo de alimentação e o prazer sexual representando a boca como fonte deste prazer.
Hábitos relacionados com a boca, tais como: fumar, falar demais, beber, comer em demasia, podem estar relacionados eventualmente com uma fixação do adulto nesta etapa infantil da oralidade. Mas também é possível sublimar algumas dessas atitudes, como, por exemplo, a utilização da fala para o campo da oratória e musicalidade.
Na fase Anal a fonte de prazer está no anus e as fezes são suas realizações, seu objeto, sua obra e, relacionado a esta fase surgem, a idéia de poder, de controle. Nesta fase, as crianças adoram brincar com barro, massas de moldar, até mesmo com as próprias fezes, sendo esta última uma atividade que horroriza os pais que não conhecem a psicossexualidade.  E uma fixação na analidade quando adulto, pode surgir a avareza, já que o dinheiro é tido popularmente como sujo, sem contar, também, que o enriquecimento remete a idéia de poder.
A fase Fálica do ser humano está presente quando o órgão genital masculino passa a ser a representação simbólica de virilidade para os meninos e, igualmente para as meninas, uma vez que estas acreditam que o dito órgão está incrustado nelas, especialmente no clitóris, e que virá um dia acrescer tal qual o dos garotos. Daí neste período surge o Complexo de Édipo, onde há competição entre pais e filhos, o menino compete com o pai e deseja a mãe e a menina deseja o pai e passa a disputar com a mãe este homem. Se se desenvolver esse estágio com naturalidade, este complexo edipiano na criança, a libido, em sua viscosidade, atingirá a bom termo a fase da genitalização. É dito que nenhuma criança escapa do complexo edipiano e isso o marcará por toda sua vida.
Não incentivar os ciúmes do filho com a mãe e vice-versa; evitar dizeres relacionando a filha como a "namoradinha do papai", e o menino como "o homem da mamãe" é recomendável para um bom desenvolvimento da criança. Logo, não é conveniente que os pais ou cuidadores não estimulem tais fantasias nas crianças.
Quando a criança declinando o complexo edípico, e as suas pulsões sexuais se acalmam, e esta criança abre um leque para a socialização, voltando-se às atividades escolares, esportivas, como se houvesse uma significativa perda da erotização, substituindo-a pelo que Freud chama de ternura, marca-se então o período de Latência.
Quando essas pulsões retornam o objeto de desejo não se encontra apenas no seu próprio corpo, mas também no desejo pelo do outro, surge então a fase Genital.
O conhecimento da psicossexualidade servirá de norte para todos aqueles que têm prazer de zelar pelas crianças, conferindo-lhes caminho seguro para se evitar indesejáveis recalcamentos que, no futuro, poderá ser a gênese de inumeráveis neuroses patogênicas. Cabe a nós continuarmos estudando para podermos garantir informações mais precisas sobre a realidade da vida humana e assim nos conhecermos melhor, e por conseqüência educarmos melhor os nossos rebentos.

Videos sobre as outras fases estão dispostos em postagens mais antigas.


Vídeos: vídeos do blog educação & sexualidade, disponíveis o youtube.

3 comentários:

  1. Li o texto e gostei muito.
    Parabéns á Denilson.
    Quercio

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  2. Que bom que tenha gostado... procuramos postar alguns materiais que acreditamos ajudar no aprimoramento do conhecimento.

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  3. É interessante perceber o quanto o conhecimento do desenvolvimento psicossexual pelo qual todos os indivíduos passam, faz toda diferença em relação ao direcionamento dados pelos educadores e pais durante a formação da criança até a sua fase adulta. Pois esse cohecimento possibilita o entendimento dos conflitos existentes em cada fase , o que ajuda nas intervenções necessárias e numa orientação adequada para se evitar indesejáveis recalcamentos, que como foi colocado pelo grupo , no futuro poderá ser a gênese de inumeráveis neuroses patogênicas.

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