sábado, 28 de julho de 2012

SOCIONOMIA e os MÉTODOS SOCIÁTRICOS


Artigo  extraído  do site: http://www.geocities.ws/relacoeshumanas/pages/artigos_socionomia.htm onde se aborda esclarecimento sobre a socioeconomia e seus vieses  e escrito por: 
Maria da Penha Nery - 03/2004
Psicóloga-Psicodramatista   (CRP-01:3501)



A ciência socionomia foi criada por Jacob Levy Moreno em meados do século XX. Essa ciência estuda os grupos e as relações. Seu objeto de estudo principal é a articulação entre o individual e o coletivo.
O objetivo da socionomia é a co-criação, ou seja, a criação conjunta que promova as interações humanas que propiciem bem-estar social.
A socionomia tem três ramos interligados, que são: a sociodinâmica, a sociometria e a sociatria.
A sociodinâmica estuda a dinâmica dos grupos. Seus conceitos e teorias  principais são: Teoria dos papéis e do vínculo. Teoria do momento. Teoria da ação. Teoria da Espontaneidade-Criatividade. Conserva cultural. Co-criação. Comunicação e Inteligência Relacional. Conflitos. Catarse de integração.
A sociometria estuda o desenvolvimento e as estruturas grupais por meio de testes e jogos sociométricos. Os conceitos principais são: Tele e co-transferência. Co-consciente e Co-inconsciente. Átomo social. Tricotomia Social e Rede Social. 
A Sociatria é o tratamento dos grupos que estão em crise, desequilíbrios em seus funcionamentos ou desarmonias que causam sofrimentos. Esses grupos podem estar nas instituições, nas escolas, nas empresas, nos sindicatos, nas comunidades, nos lares etc. 
A sociatria tem vários métodos de tratamento, dentre eles: psicodrama, Sociodrama, Axiodrama, Psicodrama Bipessoal, Jogos dramáticos, Role-Playing, Teatro Espontâneo, Teatro de Reprise, Mitodrama, Vivências Terapêuticas, Multiplicação Dramática, Retramatização, Jornal Vivo.
Para Jacob Levy Moreno: “Um processo terapêutico não faz sentido se não visar a humanidade toda."
A concepção Socionômica do Ser humano pressupõe que o homem se desenvolve por intermédio das relações. O ser humano é um ser genial, espontâneo-criativo. 
A sociopsicopatologia psicodramática postula que o sofrimento de um indivíduo reflete o sofrimento do coletivo. 
A sociatria nos diz que todo indivíduo que trabalha com relações humanas pode pertencer a um exército invisível de terapeutas que construirá a nova ordem mundial terapêutica, na qual sobreviverá o homem que desenvolve sua capacidade de encontrar o outro, o homem criador, o herói existencial.
No Brasil, o estudo da ciência socionômica e o treinamento nos métodos sociátricos são realizados por várias instituições de especialização em Psicodrama no Brasil, credenciadas pela Federação Brasileira de Psicodrama.
Se você deseja maiores informações sobre o assunto,  vá ao site  da Federação Brasileira de Psicodrama: www.febrap.org.br

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Erich Fromm

Psicanalista e escritor alemão -Erich Fromm

Influenciado por Freud e Marx, Erich Pinchas Fromm é considerado um dos principais expoentes do movimento psicanalista do século 20. Dono de uma carreira controversa e polêmica, Fromm estudou principalmente a influência da sociedade e da cultura no indivíduo. Entre os seus muitos livros, destacam-se "O Medo e a Liberdade" e "A Arte de Amar". Para o psicanalista, a personalidade de uma pessoa era resultado de fatores culturais e biológicos, o que contrastava com a teoria de Freud, que privilegiava, principalmente, os aspectos inconscientes do psiquismo.

Descendente de uma família de judeus (seu pai, Naftali Fromm, era comerciante de vinhos, e sua mãe, Rosa, dona de casa), Erich Fromm tinha apenas 14 anos e ainda morava na Alemanha quando explodiu a 1ª Guerra Mundial (1914/18). Anos mais tarde, em artigos e em entrevistas, disse que havia ficado impressionado com a conduta humana, sendo incapaz de compreender um ato tão irracional como a guerra. Após cursar filosofia na Universidade de Heidelberg, foi fazer especialização em psicanálise na Universidade de Munique e no Instituto Psicanalítico de Berlim, fundado por Freud. No começo da década de 30, apresenta os seus primeiros trabalhos científicos.

Em 1933, pela primeira vez, visita os Estados Unidos, país que, mais tarde, passaria a morar e ganharia a cidadania, com a naturalização. Com a subida de Hitler ao poder, Fromm se estabelece definitivamente nos Estados Unidos e passa a dar aulas nas universidades de Yale, Nova Iorque, Colúmbia e Michigan.

Em 1941, já famoso, publica "O Medo e a Liberdade", livro que faz uma interpretação sócio-psicanalítica do movimento nazista. O sucesso da publicação foi imediato e o livro foi traduzido para muitos idiomas. De acordo com especialistas na obra de Erich Fromm, após a publicação de "O Medo e a Liberdade", acontece uma ruptura entre os pensamentos do psicanalista alemão e de Freud. Em 1949, trabalha como professor no México e publica artigos em jornais e revistas de diversos países.

Com as publicações de "A sociedade sã" e "A Arte de Amar", o seu prestígio cresce ainda mais, e Erich Fromm recebe convites para fazer palestras e participar de lançamentos em todo o mundo. Doutor em filosofia, Fromm estabeleceu um relacionamento entre o marxismo e a psicanálise. Nos últimos anos de sua vida, começou a estudar a agressão. Outras obras importantes deixadas por Fromm são "A missão de Sigmund Freud", "O homem por si mesmo", "Budismo zen e psicanálise" e "Anatomia da destrutividade humana".

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Construindo Um Grupo de Apoio Psicanalítico


No decorrer do nosso curso, quando começamos a entender o que seria um grupo de apoio psicanalítico, percebemos o quanto difícil poderia ser a nossa missão. Dizíamos a nós mesmo que não seria fácil guardar a ansiedade e escutar de forma praticamente passiva as pessoas que porventura estivessem no grupo de apoio como membros.
O nosso objetivo era apenas formar um grupo acadêmico de apoio psicanalítico, e partimos para este objetivo sem saber exatamente o que nos esperava, salientando sempre todos os aspectos práticos para se construir um grupo de apoio, mas sem atentar para as transferências que ocorrem mesmo durante o processo de construção.
Resolvemos visitar grupos terapêuticos já existentes e, daí começas a entender a nossa real missão: Sermos mais humano e aprendermos a escutar os nossos sentimentos através dos relatos dos nossos semelhantes.
Temos tido gratas surpresas à medida que somos convidados a estar em companhia de pessoas que sofrem por determinado problema e que compartilham seus sofrimentos e suas conquistas em um grupo de apoio.
Tudo é muito diferente de uma terapia psicanalítica individual. Diríamos que é ter a coragem de se expressar, de  permitir que os outros te vejam em seu estado mais debilitado, se assim podemos dizer.
Conversamos com as pessoas que elaboram grupos de apoio e outros trabalhos terapêuticos e tivemos muitas informações relevantes, pessoas como o pessoal do COFAM – Centro de Orientação Familiar, além de outros órgãos. Mas, gostaríamos de ressaltar também outras experiências interessantes como foi estar em uma palestra aberta da Nor-Anon, onde os seus membros que têm no seu seio familiar dependentes de substancias psicoativas, bem  como os próprios dependentes fizeram relatos ao publico expondo com coragem e incentivo a todos que ali estavam, simplesmente por um gesto de amor.
Estamos nos organizando enquanto grupo de apoio psicanalítico, o GAFA - Grupo de Apoio a Família, breve estará em suas atividades trazendo a todos os membros uma forma de compartilhar ações e ressignificar a sua própria vida.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A RESPONSABILIDADE DOS PAIS EM RELAÇÃO AOS FILHOS DEPENDENTES QUÍMICOS

 O consumo desenfreado de drogas é um dos piores, senão o pior, impacto pelo qual um jovem e sua família podem passar. Mas para muitas famlías surge a seguinte pergunta : Até que ponto os pais tem alguma responsabilidade em relação a um filho que se torna  dependente de substâncias psicoativas? 

Foi pesquisando e procurando uma resposta para essa questão que encontrei um artigo interessante que fala que o início à dependência, dentre os mais variados motivos, está associado a um fato psicológico marcante que ocorreu em certo tempo na vida do dependente. Trata-se de um impacto sofrido pelo sujeito que busca auxílio nas drogas. Esse auxílio tem como forma a intolerância aos momentos de sofrimento. Por isso busca-se refúgio nos entorpecentes, que produzem estímulo e euforia, sensações que elevam o ego a índices maiores e fazem com que, temporariamente, o dependente lide com a perturbação.

Outra informação interessante é a classificação das categorias dos pais segundo Baurind (1968), ele divide em quatro, que são: 

Pais Competentes: demonstram confiança em si próprios, como pais e como pessoas. São confortadores e afetuosos mas estabelecem limites e padrões de conduta. Disciplinam os filhos quando esses padrões são rompidos, explicando a lógica da disciplina e tendem a não utilizar força física como punição. Exercem a autoridade sem serem autoritários. Seus filhos tendem a ser maduros, independentes, auto-confiantes e com auto estima elevada.
Pais autoritários : são os que dizem aos filhos o que fazer sem explicar as razões, estabelecem padrões de conduta rígidos sem levar em conta a necessidade dos filhos, consideram a obediência uma virtude absoluta, quando os padrões são rompidos a punição é insensata e sem explicação, não encorajam discussões. Seus filhos tendem a apresentar baixa auto-estima e dependência.
Pais negligentes : são inseguros como educadores, geralmente são afetivos e calorosos mas exercem pouco controle, como se tivessem medo de serem autoritários, organizam a familia como uma pseudo-democracia abdicando do poder de decisão e responsabilidade. Seus filhos tendem a ser inseguros, imaturos e dependentes.
Pais ausentes: manifestam rejeição através da ausência de atenção e afeto, privando a criança de limites definidos e do alimento afetivo necessário para o reconhecimento de sua própria existência. Seus filhos têm dificuldades no convívio social e é comum encontrar esse tipo de característica nos adolescentes usuários de drogas.

ver mais no site : 
http://www.plenum.com.br/plenum_jp/lpext.dll/Rev/RcivPen/7e89/28?f=templates&fn=document-frame.htm&2.0
 

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Apoio para os Grupos de Apoio

Os alunos do CEAPP estão com as atenções voltadas  à construção do projeto de criação dos grupos de apoio. Trata-se de uma atividade onde, a partir de uma temática escolhida, constrói-se um grupo de apoio psicanalítico. Será um grande passo para pratica da escuta e observação. Será basicamente o primeiro contato do psicanalista em formação com a realidade da prática psicanalítica.
Para um certo esclarecimento, vale ressaltar, de acordo com a ideia de Antovani 2008: A noção de apoio emocional é bastante diferente na psicanálise e em outros tipos de psicoterapias. O processo psicanalítico contrasta com as práticas conhecidas como psicoterapias de apoio, que visam oferecer ao paciente alívio de seus sintomas. As psicoterapias psicanalíticas de grupo seguem essa mesma concepção, mas acreditam que os grupos exercem formas de apoio emocional durante o processo analítico.
Diferente do trabalho individualizado, vamos lidar com as manifestações de um grupo, a escuta será a nossa maior arma e as intervenções nosso exercício de  coerência entre o que podemos e o que não podemos enquanto psicanalistas.
Na verdade, o texto disposto não foca especificamente da construção dos grupos de apoio psicanalítico, ele busca ressaltar a tentativa de grupos diferentes em construir um trabalho onde todos os alunos possam   usufruir de seus resultados, a tentativa de apoio aos grupos de apoio em formação.
São varias temáticas abordadas pelos grupos, tais como: apoio a familiares de dependentes de substancias psicoativas, apoio a familiares de crianças com deficit de aprendizagem, dentre outros. Contudo, percebemos que tínhamos algo em comum: A FAMÍLIA, assim criamos o GAFA - Grupo de Apoio a Família, como grupo geral e onde vários sub-grupos atuam com suas temáticas de forma especifica, mas se organizando e ajudando mutuamente em prol de um único objeto: a Família.
Estamos construindo o nosso trabalho e esperamos publicar neste espaço, nossos passos, nossos resultados.
Ajudem-nos a construir essa grande família. Postem nos comentários ideias e sugestões que possam nos ajudar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Um Método Perigoso


Um Método Perigoso



Para quem não assistiu ainda o filme “ Um Método Perigoso “ , vale a pena dar uma conferida , pois ele ainda se encontra em cartaz em alguns cinemas da cidade. Algumas pessoas do grupo já assistiram e a opinão sobre a vastíssima e ilustre elencagem de conceitos, tais como, a teoria psicanalítica, o método catártico, o Inconsciente e Consciente, o Ego e o Superego, a repressão e a sexualidade foram unânime.
 A trama é baseada no livro "A Most Dangerous Method", de John Kerr. E o filme trata de um caso real, onde se separam as duas formas de ver da psicanálise, acabada de ser ‘descoberta’. Aborda também a intensa e polêmica relação da dupla  (Freud e Jung)  com a paciente Sabina Spielrein.
Ver trailer :
http://mais.uol.com.br/view/a56q6zv70hwb/trailer-do-filme-um-metodo-perigoso-0402CC193068C8B91326?types=A&